Na verdade gostaria de fazer uma reflexão a respeito dos relacionamentos conjugais, muito modestamente. Os tempos atuais têm uma característica muito peculiar: a falta de tempo. Falta tempo para tudo: para visitar um parente distante(e não apenas porque está doente), para ir à reunião dos filhos, para assitir a uma boa peça teatral, a um bom filme, falta tempo de ir à igreja, falta tempo para orar, falta tempo para ajudar ao vizinho, falta tempo para o marido, para a esposa e para os filhos.
Bem, até aqui nenhuma novidade, a vida é corrida mesmo, muitos afazeres, muitas responsabilidades e compromissos com trabalho, projetos pessoais, enfim... os motivos são os mais variados e se fosse enumerá-los aqui, mesmo com todos os recursos do computador, não dariam.
Na verdade o que as pessoas estão fazendo é dar prioridade ao que mais lhes interessa. A Palavra de Deus diz: "onde estiver o seu tesouro, ali também estará o teu coração" Lucas 12.34
Tudo aquilo de mais precioso e mais importante, sempre se achará tempo para realizar. Tudo o que mais de perto tocar o nosso coração, mais tempo teremos para tal. É certo que vivemos num tempo de aglomeração de coisas, coisas que nem quê e nem porquê queremos, a mídia vende o tempo todo uma vida engessadamente moderna e feliz. As pessoas lutam, labutam, suam, se
esfolam por salários que, muitas das vezes, têm até vergonha de falar quanto recebem.
E a família no meio disto tudo? Dinheiro é necessário, é útil e oferece certas comodidades a quem o possui muito, mas será só isso? Cada vez mais ouço dizer de fulano que se separou, de bertano que se enrolou, de sicrano que surtou... a roda da vida não pode ser feita apenas de tantos afazeres e responsabilidades, há algo mais que precisamos buscar ou tentar mediar entre tantas "faltas de tempo". A família vem se deteriorando em troca de: carro do ano, viagens, promoções no emprego, baladas, "roupas de marca", celular última geração, bolsas Louis Vitton, aparecer mais do que o vizinho, mais do que o filho de fulano... há uma geração de expectativas muito grande em torno do ter, muito mais do que do ser.
Promessas quebradas, votos de tolos, palavras lançadas ao vento. No altar, no ato do matrimônio, duas pessoas estão por livre e espontânea vontade, deliberadamente
juntas, com vontade de viverem unidos para sempre. Na embalagem das alianças não vem escrito "prazo de validade"- será isso um sinal de que, supõe-se, deva ser infinito, enquanto vivos?
Há casos de fim de casamento porque "acabou o beijo", há casos que a toalha molhada em cima da cama foi o fim, há casos de pasta de dente espremida de forma diferente da do cônjuge foi o "limite", há outros em que os casais pareciam viver o filme lendário "O feitiço de Áquila" - quando um chega o outro sai pra trabalhar, de maneira que nunca se encontram, e por aí vai...
Só fica uma pergunta: o que realmente importa para sua vida? o que ocupa o lugar de maior prioridade em seu coração: Os filhos? o trabalho? a academia? o encontro com os amigos? a faculdade? as viagens? a tv? a internet?
O mais doloroso nisso tudo é observar que a lei da semeadura vem, democraticamente para todos. A indiferença que plantamos hoje em nossas casas, o individualismo, a negligência, o desamor, a falta de palavras afetuosas, a arrogância... colheremos lá na frente.
Mas espere aí:
Ainda há uma chance... páre de ler agora este post e fale com Deus, derrame suas lágrimas diante
Dele, que é Onisciente (sabe de tudo ao mesmo tempo), Onipresente( está ao teu lado agora, também) e Onipotente( é Todo Poderoso para resolver as barras mais pesadas). Sua família ainda pode ser salva, basta você querer e colocar as prioridades como prioridades.
Sabe qual é o princípio? "Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça e todas as demais coisas vos serão acrescentadas."Lucas 12. 31
Fiquem na paz, que só o Senhor Jesus pode oferecer, a verdadeira paz.
Um comentário:
Paz Adriana. Deixei um selo pra você lá no blog.
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