quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Casamento com prazo de validade?!

Inicio este post com uma pergunta: Qual o prazo de validade do seu casamento?

Na verdade gostaria de fazer uma reflexão a respeito dos relacionamentos conjugais, muito modestamente. Os tempos atuais têm uma característica muito peculiar: a falta de tempo. Falta tempo para tudo: para visitar um parente distante(e não apenas porque está doente), para ir à reunião dos filhos, para assitir a uma boa peça teatral, a um bom filme, falta tempo de ir à igreja, falta tempo para orar, falta tempo para ajudar ao vizinho, falta tempo para o marido, para a esposa e para os filhos.

Bem, até aqui nenhuma novidade, a vida é corrida mesmo, muitos afazeres, muitas responsabilidades e compromissos com trabalho, projetos pessoais, enfim... os motivos são os mais variados e se fosse enumerá-los aqui, mesmo com todos os recursos do computador, não dariam.

Na verdade o que as pessoas estão fazendo é dar prioridade ao que mais lhes interessa. A Palavra de Deus diz: "onde estiver o seu tesouro, ali também estará o teu coração" Lucas 12.34

Tudo aquilo de mais precioso e mais importante, sempre se achará tempo para realizar. Tudo o que mais de perto tocar o nosso coração, mais tempo teremos para tal. É certo que vivemos num tempo de aglomeração de coisas, coisas que nem quê e nem porquê queremos, a mídia vende o tempo todo uma vida engessadamente moderna e feliz. As pessoas lutam, labutam, suam, se
esfolam por salários que, muitas das vezes, têm até vergonha de falar quanto recebem.

E a família no meio disto tudo? Dinheiro é necessário, é útil e oferece certas comodidades a quem o possui muito, mas será só isso? Cada vez mais ouço dizer de fulano que se separou, de bertano que se enrolou, de sicrano que surtou... a roda da vida não pode ser feita apenas de tantos afazeres e responsabilidades, há algo mais que precisamos buscar ou tentar mediar entre tantas "faltas de tempo". A família vem se deteriorando em troca de: carro do ano, viagens, promoções no emprego, baladas, "roupas de marca", celular última geração, bolsas Louis Vitton, aparecer mais do que o vizinho, mais do que o filho de fulano... há uma geração de expectativas muito grande em torno do ter, muito mais do que do ser.

Promessas quebradas, votos de tolos, palavras lançadas ao vento. No altar, no ato do matrimônio, duas pessoas estão por livre e espontânea vontade, deliberadamente
juntas, com vontade de viverem unidos para sempre. Na embalagem das alianças não vem escrito "prazo de validade"- será isso um sinal de que, supõe-se, deva ser infinito, enquanto vivos?

Há casos de fim de casamento porque "acabou o beijo", há casos que a toalha molhada em cima da cama foi o fim, há casos de pasta de dente espremida de forma diferente da do cônjuge foi o "limite", há outros em que os casais pareciam viver o filme lendário "O feitiço de Áquila" - quando um chega o outro sai pra trabalhar, de maneira que nunca se encontram, e por aí vai...

Só fica uma pergunta: o que realmente importa para sua vida? o que ocupa o lugar de maior prioridade em seu coração: Os filhos? o trabalho? a academia? o encontro com os amigos? a faculdade? as viagens? a tv? a internet?


O mais doloroso nisso tudo é observar que a lei da semeadura vem, democraticamente para todos. A indiferença que plantamos hoje em nossas casas, o individualismo, a negligência, o desamor, a falta de palavras afetuosas, a arrogância... colheremos lá na frente.

Mas espere aí:

Ainda há uma chance... páre de ler agora este post e fale com Deus, derrame suas lágrimas diante
Dele, que é Onisciente (sabe de tudo ao mesmo tempo), Onipresente( está ao teu lado agora, também) e Onipotente( é Todo Poderoso para resolver as barras mais pesadas). Sua família ainda pode ser salva, basta você querer e colocar as prioridades como prioridades.


Sabe qual é o princípio? "Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça e todas as demais coisas vos serão acrescentadas."Lucas 12. 31


Fiquem na paz, que só o Senhor Jesus pode oferecer, a verdadeira paz.



domingo, 15 de fevereiro de 2009

Celebrando no esquecimento

Minha avó, Maria, completou no dia 12 de fevereiro último, 92 anos. Ela está acometida do mal de Alzheimer. Comparecemos: 4 de seus 8 filhos, netos, bisnetas e nora para lembrar de quem ela foi e quem ela é. Nem todos os filhos puderam comparecer por motivos vários e tenho a nítida impressão de que não foi ela quem não desfrutou da presença dos mesmos, mas eles é que perderam a oportunidade de desfrutar da presença dela. Só Deus sabe se estará conosco até o próximo aniversário, em 2010...Ela foi uma grande mulher, não porque tenha um diploma universitário, não porque ganhou algum prêmio Nobel da paz ( e acho que deveria), não porque trabalhou fora de casa para gerar o sustento dos filhos.

Tudo isso é louvável, mas acho mais louvável o fato de uma mulher semi-analfabeta, que teve 8 filhos( fora os que perdeu), dona-de-casa e apaixonada por plantas, gatos e por agradar aos outros, não vivesse reclamando da vida, murmurando pelos cantos seus males ou suas dores... problemas teve como todo o mundo, e como teve... mas nenhum deles a fez desistir de ser carinhosa, meiga, protetora e feliz!!!

Minha avó representou muito para mim, ela cuidava de mim enquanto minha mãe trabalhava. Ela me ensinou a compartilhar as minhas coisas, a observar os dois lados da moeda, me incentivou a estudar( quem sabe me tornar uma jornalista- dizia ela), a gostar da vida, a gostar da alegria, a suportar os embates da vida. Às vezes sinto vergonha de me aborrecer por tão pouco, daí lembro dela e procuro imitar sua maneira de fazer as coisas, sem reclamar. Claro que nada é perfeito, me mimou tanto que tive e ainda tenho dificuldades em administrar uma casa. Mas sua lembrança me faz mudar um pouco essa fraqueza. Também não acho que saber administrar eximiamente uma casa seja sinônimo de felicidade, há coisas que não se resolvem apenas com tudo em perfeita ordem dentro de casa.

As práticas cotidianas contam muito mais e quanto a isso tenho ótimas lembranças: meus avós dançando na sala, ela cantando e labutando, ambos conversando longamente sobre os problemas do cotidiano, rindo de alguma piada, meu avô lavando calças jeans dele, para poupá-la (ainda não tinham máquina de lavar, veio depois),enfim... vivendo, compartilhando, mostrando para uma menina tão pequena o que é diálogo, o que é amor de verdade.


Tem gente que nunca está satisfeito com nada
, parece não gostar da alegria ou não ter descoberto que ela está dentro da gente, se esperarmos a alegria chegar pelas benesses dos outros, estamos encrencados... minha avó tinha, e acho que agora mais do que nunca tem, o dom de passar por cima das provações da vida com muita alegria e dignidade.

Nunca a ouvi reclamar duas vezes da mesma coisa. Vivia cada dia de uma vez, sem cobrar tanto do seu futuro e nem do seu passado. Zelou pelo meu avô até o último momento, ele também foi acometido pelo mesmo mal(Alzheimer) e faleceu em fevereiro de 2004, e até nisso compartilharam a vida e , um dia, também compartilharão a morte. Ele aceitou a Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador e ela também, embora não tenham lembrança desta decisão, a fizeram enquanto houve lucidez, portanto é legítima e creio que o Senhor o recebeu na glória, assim como a receberá também, pois ambos fizeram esta profissão de fé em vida e enquanto tinham lucidez. Enquanto ele esteve vivo, ela estava lúcida e após sua morte, iniciou o mesmo processo pelo qual ele passou. Ele faleceu aos 89 anos e ela, mais uma vez me admiro, mesmo depois de tantas lutas, tantos desafios, tantos acontecimentos e acometimentos ao longo de toda sua vida, ainda está entre nós.

Graças à Deus pela vida da minha avó!!! Pois Ele não esquece quem somos e para que existimos! Se hoje sou quem sou, agradeço a ela e ao meu avô também. Claro que minha mãe também conta e muito, mas como estou homenageando a vovó, deixo outros comentários para outro momento.

Antes de cantarmos "parabéns", pedi a palavra e fizemos uma oração pela sua vida. Cantamos e nos alegramos com ela, como ela sempre fazia por mim e por qualquer pessoa do nosso convívio. Ela se emocionou e ao me despedir senti algum fragmento de memória, aquele abraço caloroso que ela sempre nos dava, e alguma pergunta tentando identificar se havíamos ficado satisfeitos com tudo...

Como o carinho é importante, como o reconhecimento e gratidão fazem a gente mais feliz... eu fiquei feliz com a sua momentânea lembrança de que estava num evento em família, e como sempre, esboçou alegria em servir aos outros, como sempre fazia. Já não importa tanto se lembrou que aquele era seu dia especial, para ela todos os dias eram especiais.





Sabedoria on line

"Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado;

Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação.

O SENHOR Deus é a minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas".

Habacuque 3: 17-19

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