Somos diferentes. Isso é um fato. Cada qual com sua maneira de ser, suas esquisitices, suas manias... como diz o meu pastor: "De longe todo mundo é normal". Há uma influência midiática para sairmos da multidão, para sermos alguém, expormos nossas virtudes, porém existem pessoas cada vez mais solitárias, não sozinhas, solitárias. Sentir-se sozinho é diferente de sentir-se solitário. Alguém pode estar sozinho e sentir-se bem acompanhado, entretanto, alguém que se sente solitário pode estar em meio a uma multidão e ainda assim não sentir-se acompanhado.
Já me senti de ambas as formas. Já senti muito medo de escuro. Depois que conheci a Jesus, que Ele revelou-se a mim de maneira ímpar, não me sinto mais sozinha e nem solitária. A escuridão não me assusta mais pois sei que o Senhor criou ambos: trevas e luz e, embora na luz, Ele enxerga através da escuridão. Ele é Todo Poderoso. Ele me deu uma linda família, colocou em meu coração novos conceitos e deu-me princípios tão poderosos que me fazem desejar ser como Ele foi. Em meio a uma multidão sei que não sou mais uma, não sou apenas um número de CPF, embora na fila de algum lugar aguardando alguma coisa.
Jesus nos faz sentir assim, diferentes, especiais, valorizados. Li em algum artigo que um dos motivos que mais faz o Senhor abominar o pecado é que o mesmo transforma um ser humano, feito à imagem e semelhança de Deus, numa coisa, num esboço mal feito de alguma coisa qualquer. O futuro brilhante, com o qual Deus sonhou para aquela pessoa, se transforma em restolhos. O pecado tem como um de seus significados "errar o alvo". O alvo é fazer o que condiz com a Palavra de Deus, o alvo é a obediência e o temor a este Deus vivo que não dorme, não cochila. Se não vigiarmos, pecamos com a maior cara de pau. O pecado é a doença e Jesus Cristo é a cura. É a doença da alma, é a vontade da carne sobrepujando a vontade do espírito. é o combate incessante na mente entre pecar e não pecar, entre fazer a vontade de Deus e fazer a nossa própria vontade.
Não se iluda, você e eu não conseguiremos vencer estas batalhas sozinhos. Só Deus, em sua infinita misericórdia e bondade, pode nos ajudar. Quando de fato queremos e pedimos ajuda. Ser um entre a multidão me faz amar mais ainda este Deus, que me chama pelo nome e me tornou alguém muito especial.
No Salmo 68.6 diz que Deus faz que o solitário viva em família e o Salmo 113.9 diz que Ele faz com que a mulher estéril habite em família, e seja alegre mãe de filhos. E de fato sou alegre mãe de filhas!!!
Em 1996 tive um problema no colo do útero que, provavelmente, não me permitiria ter filhos. O Senhor, mesmo eu ainda estando longe de seus caminhos, separou uma ginecologista, que era especialista no meu caso, sem eu saber quem ela era, apenas marquei uma consulta de rotina. Ela prontamente detectou o que eu tinha, solicitou exames específicos e retirou o mal de mim, através de uma videolaparoscopia. Na época eu estava grávida e ela, resignada, optou por esperar para não por em risco a gravidez. Porém, 4 meses depois eu perdi espontaneamente o bebê. Novamente em 1997 engravidei, só que desta vez foi uma gravidez ectópica(tubária) e mais uma vez precisei de intervençaõ cirúrgica. Engravidei novamente em 1998 e minha primeira filha nasceu antes de completar os nove meses de gestação, nasceu aos 7 meses, porém uma boa prematura, com 44 cm e 2161 kg. A segunda gravidez ocorreu em 2001 e havia um receio de acontecer o mesmo, caso não fizesse uma cerclagem de colo de útero para impedir o nascimento prematuro. Mais uma vez Deus em sua infinita sabedoria não permitiu, minha segunda filha nasceu aos 9 meses de gestação. Forte e saudável. Alguém pode estar se perguntando: como pode Deus permitir tantas interrupções na gravidez de alguém? Seria isto uma prova de amor? Seria um castigo? Bem, o que posso entender é que não sou mais uma na multidão. Deus me ama de maneira especial, como ama a cada indivíduo, com suas mazelas e fraquezas. Estes momentos da minha vida foram muito difíceis e só agora ouso tocar neste assunto. Nem eu, nem meu marido(que na época era apenas namorado e não éramos convertidos) não estávamos preparados para tamanha responsabilidade.
Além de ser fruto da nossa vontade, que nem sempre é a de Deus. Fruto de pecados cometidos quando não temos conhecimento da Palavra de Deus, quando não aceitamos as orientações de pessoas maduras e que nos amam,tais como: pais, avós,etc... A Palavra de Deus diz: “Por que, pois, se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus próprios pecados.” Lamentações 3.39
O interessante é que ninguém pensa estar cometendo pecado, na hora que o está. Quando vem a consequência, choramos e nos debatemos com Deus, como se Ele fosse culpado de todos os nossos infortúnios. Claro que seu amor por nós é maior e nos dá o escape, nos aponta saídas, embora que muitos a encontrem tardiamente. Ainda assim Deus lhes dá oportunidade. As portas ainda estão abertas. Nestes acontecimentos em minha vida pude perceber, após começar a buscar o conhecimento da Palavra de Deus, que de fato não sou mais uma entre a multidão. Sou uma em um milhão. Sou especial para Deus e todo aquele que nele crê, que o teme, que o busca, que obedece aos seus mandamentos também o são.
"O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados;
2 a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram
3 e a pôr sobre os que em Sião estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria, em vez de pranto, veste de louvor, em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem carvalhos de justiça, plantados pelo SENHOR para a sua glória". Isaías 61.1-3
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